Enfrentamento à Escola sem partido: sua origem e consequências
Na manhã desta segunda (10), uma reunião sobre o enfrentamento ao projeto da Escola Sem Partido foi realizada no Plenarinho, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O deputado estadual e federal eleito, Rogério Correia, a coordenadora-geral do Sind-UTE MG e deputada estadual eleita, Beatriz Cerqueira, ambos do PT, a presidenta do PT MG, Cida de Jesus, o professor Rudá Ricci e outros convidados fizeram parte da mesa de abertura do debate.
Dentre as contribuições apresentadas, o professor Ricci explicou a origem do projeto e a inspiração da Escola Sem Partido: o fundamentalismo religioso cristão norte-americano.
“A Escola Sem Partido não é educacional. Ela se baseia nos princípios bíblicos de ‘A Fundação para a Educação Cristã Americana’ ou ‘The Foundation for American Christian Education’. A articulação da família Bolsonaro, portanto, é emparelhar nosso modelo educacional ao modelos dos EUA”, ponderou Ricci.
O projeto defende a ideia de que professor não é educador e que os ensinamentos são advindos dos princípios bíblicos que sustam a liberdade. Há, inclusive, previsão de pena de 3 anos para o professor que abordar o tema “gênero” em sala de aula e 6 anos para o diretor que postar na internet algo sobre o assunto.
O Brasil, diferentemente dos EUA, é um país de diversas religiões e que coexistem em um mesmo espaço ao longo de décadas. Nos últimos meses, no entanto, observamos um aumento quanto à intolerância religiosa e à opção sexual do cidadão.
“É algo muito parecido com o nazismo. Não existem escolhas. O que existe é um modelo pronto e inspirado nas leis cristãs norte-americanas. A base é a religião e a educação, posta em segundo plano”, concluiu ele.
Fonte: https://www.face.net/